Sobre ler-se nos outros - II
Honoré de Balzac, em "A Duquesa de Langeais", Editora L&PM, 2006.
A queda da luva, a mão que segura o cigarro, o maço amassado sobre a mesa onde jazem coisas inertes. Inertes e vivas, tão vivas, que cada pequena coisa conta sua história com inegável eloqüência. É como se cada coisa falasse do que viveu, do que viu, das cenas desenroladas no quotidiano fugidio, que passa leve como uma folha que voa, como o vento que empurra brancas velas de navio.
Balzac era um notável conhecedor do peso das coisas ínfimas. Sou obrigada a concordar que os restos de uma vela acesa são mais importantes que o fogo roubado por Prometeu, porque na vela eu vejo, intimamente, pedaços da minha história refletida.
Salaam
Layla
5 Pitacos:
Durante o meu final de semana pude entender e sentir o que você disse na sua postagem.
Vivenciei luvas que tiveram a importância de impérios caindo!
Luvas boas, deixemos claro!
Me sinto feliz!
Aprendi a dar importancia as pequenitudes depois que papai se foi, pq foi aí q percebi o quao impórtante sao as cosias que nao aparecem de fato.
Bjos!
que beeelooooo
Querida!!!
O suave vento que empurra as velas do navio vira também as páginas de nossa vida, para novos poemas, novos sonhos...
E nosso tricô, quando será?
Beijos!
O motivo em comum, pra escrever. A enorme paixão pela poesia e a eterna vontade de presentificar pensamentos em palavras, coloridas ou amargas, num pedaço de tela.
Adorei!
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